terça-feira, 11 de março de 2014

My Best Friend-Capítulo 03 | 2° Temporada

Agatha P.O.V.

Estava deitada em meu quarto pensando em quem podia ter mandado a carta, não pensava em ninguém, devia ser só uma brincadeira de mau gosto, por isso não disse pra ninguém e deixei pra lá. Desci as escadas, minha sobrinha brincava com suas bonecas, falando com elas, como eu quando era criança, sentei no sofá ainda a olhando brincar, como eu queria ter uma filha como ela um dia, mas não seria possível, meu coração continua sendo de Justin, mesmo ele não estando aqui, do meu lado, nenhum homem irá me fazer feliz do jeito que ele fez e do jeito que iria fazer.
-Tia Agatha, brinca comigo? - disse ela me olhando com aqueles lindos olhos azuis.
-Claro, meu amor.
Sentei em seu lado e começamos a brincar, eu adorava fazer isso, mesmo já tendo meus vinte anos, Alicia brincava rindo, seu sorriso lindo e radiante, mesmo uma pessoa que tivesse na pior, como eu, ficava feliz por ver aquele sorriso estampado em seu rosto, Alicia realmente era uma criança incrível.
-Oii. - disse Taciane entrando na sala.
-Oii. - eu disse prestando atenção em Alicia que dizia estar colocando sua boneca para dormir.
-Preciso falar com você Agatha. Pode ir brincar lá fora com o papai, Alicia? - ela assentiu e saiu correndo por fora da casa - Me ligaram hoje.
-Quem?
-Eu não sei, não faço ideia, só dizia que era pra você ir pra uma praça, a praça de 'vocês dois' eu não entendi, você está namorando e não me contou?
-Claro que não Taci, tá maluca? Você sabe que, bem... - abaixei a cabeça e ela assentiu indicando que sabia do que eu estava falando - Não sei quem é esse louco, mas mesmo assim vou ir.
-Sozinha? Nem pensar! E se for um psicopata?
-Não é um psicopata Taciane. Agora eu vou me trocar, preciso ver quem é essa pessoa.
Subi pro meu quarto e fui me arrumar, sai do quarto e fui até a rua, iria de a pé mesmo, não queria pegar meu carro, pelo menos, hoje não, cheguei na praça, aquela praça onde eu e Justin brigamos, aquele dia que choveu, a única praça que me veio a cabeça foi essa, me sentei em um banco e fiquei ali mexendo no celular esperando que a pessoa que me ligou chegasse, logo avistei Ryan correndo em minha direção.
-O que faz aqui? - perguntamos juntos.
-Me ligaram mais cedo falando pra eu vir aqui.
-Também me ligaram.
-Quem será que era?
-Eu sei lá, nem faço ideia. - mas sim, eu fazia, pensava que era o Justin, mas ele estava morto, Ryan ia me chamar de louca.
Logo avistamos um carro preto parado na frente da praça e um homem com óculos escuros saiu de lá.
-Sabia que viriam não é? Sentiu saudades? - eu olhei para aquele homem com um ponto de interrogação na minha testa.
-Quem é você? - disse Ryan olhando para aquele homem e me abraçou de lado.
-Robert Swan.
-O que? - eu disse incrédula, não podia ser ele.
-Eu mesmo, Agatha, seu pai. - eu ri.
-Meu pai? Tá louco? Depois de 18 anos você aparece aqui dizendo se senti saudades? Seu cretino!
-Não faça isso filhinha, sei que sentiu minha falta e também de seu amiguinho Justin. - ele riu.
-Você nem sabe quem é o Justin!
-Você que pensa meu amor. - ele bateu as mãos e os homens de dentro do carro abriram a porta mostrando Justin dentro da mesma, eu fiquei sem fala, ele estava mais crescido, mais homem, mas ainda continuava sendo o meu Justin - Você pensou que eu não ia descobrir onde você estava? E com quem estava? A tentativa de sua mãe de te esconder de mim falhou, falando nela, cadê aquela vagabunda? - avancei em cima dele, mas Ryan me segurou.
-NÃO FALA ASSIM DA MINHA MÃE, VOCÊ NÃO SABE O QUE ELA SOFREU POR VOCÊ! EU TE ODEIO!
-HAHA. Vamos querida, pare de se fazer de difícil, estou precisando de você, mais do que nunca, é questão de vida ou morte.
-Só na hora que precisa lembra de mim, seu imbecil, eu não farei nada por você!
-Nem pelo seu amiguinho, Justin? - me calei - Você que sabe Agatha, ou faz o que quero, ou então, seu amiguinho morre, a escolha é sua.
-O que tenho que fazer?
-Ir embora comigo.
-Está bem, eu vou, mas deixe ele em paz. Ele e todos os meus amigos.
-É só você vim comigo que esqueço que todos eles existem!
-Está bem.
-Eu não vou te deixar ir! - disse Ryan já com lágrimas nos olhos.
-É pro bem de vocês, principalmente de Justin, quero vocês bem e por vocês eu daria a vida. - o abracei.
-Tá, tá, chega dessa draminha e vamos embora.
-Solte Justin primeiro!
-Está bem. - ele segurou meu braço com firmeza - Soltem o moleque. - gritou e pude ver ele jogarem Justin do carro, ele veio até mim desesperado, mas meu pai me afastou me colocando dentro do carro e eu olhei pela janela e mexi os lábios dizendo um apenas 'eu te amo' e então deram partida no carro e assim me fui deixando Ryan e Justin ali naquela praça.

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